Pelos próximos dias, vou tentar aqui escrever rápidas linhas sobre os filmes que assisti na Mostra de Cinema de São Paulo. Espero ajudar na programação de algum leitor desavisado.
Vamos lá:
FAY GRIM - Direção: Hal Hartley. Fantástico. Uma continuação absolutamente surreal e hilária do belo "Henry's Fool", de 1997. Dessa vez, os cadernos com as "confissões" de Henry são o pretexto para alinhavar uma absurda intriga internacional, que ironiza genialmente a paranóia americana anti-terrorista. Dê um jeito de ver!
SONHANDO ACORDADO - Direção: Michel Gondry. Vejam. O mestre dos clipes e comerciais mirabolantes lançou há um ano este filme extremamente pessoal sobre um jovem desastrado que mistura sonho e realidade. Em vez dos efeitos especiais de computador, seus sonhos são lindas animações feitas com materiais caseiros, como algodão, papelão e papel celofane. Loucura sem perder a ternura.
DE VOLTA À NORMANDIA - Direção: Nicholas Phillibert. BOMBA! Um filme cheio de velhinhos chatíssimos. Depois do belíssimo documentário "Ser e Ter", o diretor francês embarca numa idéia narcisista de encontrar os figurantes do seu primeiro trabalho no cinema, um filme de época feito à 30 anos no interior da França. "Cabra Marcado pra morrer" é mil vezes melhor.
GOODBYE BAFANA - Direção: Billie August. Não precisa ver. A história do carcereiro do Nelson Mandela, pelo diretor de "Pelle, O conquistador" e "A Casa dos Espíritos". Uma coleção de todos os clichês possíveis das cinebiografias, potencializadas por diálogos ridículos e atuações insossas. Um dia você vê sem querer no telecine.
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