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    sexta-feira, 8 de agosto de 2008

    Desmagnetizou, criou mofo, não dá mais pra ver nada.

    Esses dias, por causa do trabalho, tentei rever o belíssimo "Comer, Beber, Viver", de 1994, talvez o melhor filme do diretor "made in Taiwan" Ang Lee.

    Tentei. Mas não consegui porque, quando estive na locadora, o atendente me avisou:

    "Olha, gente tinha esse filme em VHS. Mas vendeu no último queimão de VHS e ele não foi lançado em DVD"

    Nem sei o que o cara disse é verdade, mas não podemos negar um fato: um monte de filmes muito recentes (e muito bons) acabaram se perdendo nessas mudanças de formato.
    Um monte.

    Sai VHS entra DVD, sai DVD entra Blu-Ray, entra arquivo de computador... e é claro que nem todos os filmes tem fôlego comercial pra ficar sendo relançados a cada meia dúzia de anos. E como resultado a memória recente do cinema vai se desmagnetizando, arranhando e sendo deletada dos HDs da vida. Vamos jogando nossos equipamentos fora, trocando por outros "mais modernos" e esquecendo de tudo que rolou antes. É uma era de formatos descartáveis, feitos para durar apenas até o próximo upgrade tecnológico.

    É claro que indústria adora isso. Com certeza eles faturam muito dinheiro às custas daquelas pessoas que compraram o mesmo álbum em LP, aí o re-compraram em CD e depois vão tre-comprá-lo em MP3. Eu tô fora.

    Mas algo me diz que ainda vamos sofrer muito com isso quando percebemos o quanto de coisa legal a gente perdeu nas fitas VHSs, super-8s e discos de vinil que a gente jogou fora.

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