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    sábado, 14 de fevereiro de 2009

    Os melhores discos de 2008 que eu nunca tinha ouvido falar, parte 5 (de 9)


    Subgênero 5) Roquinho honesto

    É claro que pegaria muito mal pra um modernete dizer que não ouve nada com guitarra, baixo e bateria. É aí que entram os grupos de roquinho honesto: aqueles que não tocam nenhum gênero muito estabelecido, tipo punk, metal, etc. Esqueça qualquer guitarra mais pesada, qualquer ensaio de gritaria, é tudo meio PSDB mineiro, bem em cima do muro. Popzinho meio indie-rock ainda serve, mas tem que ser meio etéreo, meio viajandão, meio hippie. Hoje em dia, o bom roquinho honesto é levinho e pode ter uma influenciazinha do country-rock, ou do folk-rock, ou de algo meio anos 60 que nos ligue um pouco ao público neo-hippie do violãozinho desafinado.

    Nesta onda entram grupos como o Vampire Weekend (foto), top ten das duas listas, que no fim das contas faz um ótimo cover do João Penca e Seus Miquinhos Amestrados. O lado hippie fica em bandas como Kings Of Leon e My Morning Jacket, que não escondem uma influência do rock clássico e da música country.

    Mas também podemos ir atrás de bandas como The Hold Steady e The Gaslight Anthem, que fazem um roquinho com cara de Bruce Springsteen, Ou o Death Cab For Cutie, que de tão melancólica antes já foi chamada até de emo, e hoje faz um rock pop de melodias ótimas.

    O rock preguiça, imortalizado nos anos 90 em bandas como o Pavement, também está em alta em bandas como Deerhunter e Frightened Rabbit. São aquelas bandas que tocam como se tivessem acabado de acordar. O pop rock de camisa social e tecladinhos moog também continua representado em formações como o Wolf Parade ou Los Campesinos!, que fazem um pop rock com cara de Bidê ou Balde melhorado.

    Pra não dizer que eu falo mal de todo mundo, tem também a vertente criativa do rock honesto, que não se encaixa em gêneros não por que tem medo de pegar pesado, mas porque são criativos mesmo: nessa onda, coloque o sempre ótimo TV On The Radio, que fazem ótimos sons em vários estilos, e o The Kills, que faz uma linha rock de garagem só que com muito mais coisas. Essas 2 bandas lançaram discos muito bons esse ano e merecem estar em qualquer parada.

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