
Subgênero 9) Artistas decadentes
É muito interessante por parte dos cabeçudos de plantão tentar recuperar artistas decadentes que estão se esforçando pra se manter ativos, mas pouco a pouco se distanciam da glória de antigamente. Uma espécie de serviço de utilidade pública, sabe?
Nisso, diga que adorou o último disco do David Byrne (foto) com o Brian Eno, que por sinal é legal mesmo, mas obviamente não tem nenhum "Psycho Killer". Ou fale um monte do último do Nick Cave & The Bad Seeds, que é legal não é a última limonada do deserto já andaram dizendo por aí. Ou dê várias estrelinhas para o péssimo disco novo do Portishead (daqueles que você ouve várias vezes e ainda assim não lembra de nenhuma música), ou até para o último do Coldplay, que era uma banda indie, virou uma banda pop e hoje é somente uma banda chata, e que sei lá porque entrou nas paradas cabeçonas.
E nunca, mas nunca se esqueça de falar do Beck, aquele hippie modernoso que há mais de 15 anos é o "futuro da música", mas só faz lançar discos mais ou menos um atrás do outro e nos dar saudade de "Loser" e do Odelay. Até que o último disco é legalzinho, mas "legalzinho" é eufemismo pra feio arrumado, né?
Mas é isso mesmo: todos esses merecem estar na listas de melhores do ano por que estão vivos, sobreviveram, e os sabe-tudo estão fazendo sua parte de caridade com os mais velhos. Palmas para todos.
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Com isso finalizo minha humilde seleção das seleções musicais de 2008. Espero que a meia dúzia de pessoas que passa por aqui de vez em quando tenha conhecido coisas interessantes. Relaxem e esperem por janeiro do ano que vem pra gente se atualizar de novo sobre música desconhecida.
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