
8) Música negra "de qualidade"
O rap é uma espécie de pagode americano. Virou o gênero número 1 dos gringos, e é cheio de artistas farofeiros. Mas assim como no Brasil todo mundo fala que odeia sertanejo mas gosta de Almir Sater, que odeia pagode mas gosta de Paulinho da Viola, claro que tem nego pra dizer que adora um rap "de raiz".
Dentro dessa lista temos vários tipos: o popular de qualidade, e o hip-hop independente experimental cabeça, e os gêneros "de raiz" da música negra.
Na música de qualidade, 2008 foi de 2 caras: Lil Wayne e Kanye West. Tenho grande predileção pelo primeiro (adoro a "Lollipop", pronto, falei...), e um grande desdém pelo segundo. Como vocês já conhecem, não preciso indicar.
Na linha do rap independente, você pode correr atrás do ótimo Steinski, um produtor que desde os anos 80 tem um estilo de misturar vozes sampleadas e ritmos que foi copiado por todo mundo. Ou o Wale, que faz um som bem variado e interessante.
Na linha música negra, que ultrapassa o rap, você pode dar uma ouvida no último disco da ótima Erykah Badu (foto), que fez um disco estilo trilha sonora de filme anos 70 bem legal. Ou o The Bug, um inglês, que faz uns ritmos lentos influenciados pelo dub.
Mas, se você quer ir fundo mesmo na black music, você pode cair matando na música africana, ouvindo a dupla de Mali Amadou & Mariam, ou Esau Mwamwaya & Radioclit, do Malaui, que pegam umas músicas indies e fazem versões africanas pop.
Aí sim você poderá dizer que, assim como a Carla Perez, você também tem raízes negras.
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